Qual o seu propósito?
- Fatima Ferreira
- Nov 23, 2017
- 2 min read
“ Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve.”
Lewis Carrol
O desejo de alcançar a felicidade é o que nos impulsiona a seguir sempre adiante. Na expectativa de desfrutar de uma vida plena de sentido, aprendemos a explorar a realidade, enfrentamos adversidades e substituímos crenças, descobrindo potenciais que nem sabíamos possuir.
Embalados pelo desejo de desfrutar de uma melhor qualidade de vida, elegemos objetivos que passamos a perseguir e, de tal modo nos agitamos na procura por algo que nos faça felizes, que deixamos de atentar para o fato de que esse algo necessita estar alinhado a um porquê.
A felicidade é um estado de espírito que resulta do alinhamento entre quem acreditamos ser e o modo como agimos para validar esta condição de ser. Essa conexão é o que nos permite experimentar aquele estado de contentamento íntimo de quem sabe onde quer chegar e porque isso importa. Estamos falando do propósito pessoal. Aquela convicção interna que aponta determinada direção na qual se pode experimentar o sentimento de adequação e de pertencimento. Quando conseguimos nos orientar por esse direcionamento, todas as atividades e experiências da jornada passam a ter um significado maior, já que são percebidas como etapas de um único percurso repleto de significado.
Ocorre que numa boa parte das vezes, passamos a perseguir objetivos que não estão relacionados aos nossos propósitos. Aliás ainda é pequena a parcela das pessoas que têm clareza de quais sejam os seus propósitos na vida. A maioria caminha às cegas em busca de conquistas que não representam os seus anseios, sonhando o sonho das massas. Propósito é também sinônimo de sentido da existência; ele está relacionado ao papel que lhe está destinado a desempenhar no conserto geral. Isso requer a conscientização de que somos pontos de uma trama maior, cuja tessitura não se realiza ao acaso e sim de maneira inteligente.
Não se pode identificar propósito com os instrumentos da razão; é preciso auscultar com o coração pois só ele é capaz de dinamizar uma escuta tão profunda. Mais do que descobrir, é preciso sentir qual a nossa função na imensa engrenagem da vida. Os casos em que nos deparamos com profissionais aparentemente qualificados para o exercício de suas atribuições, porém, que se mostram contrariados ou mesmo frustrados em suas vidas, com grande frequência é resultado do descuido de quem se apropriou dos ditames do senso comum, sem contudo observar os sinais da falta de alinhamento entre ser e fazer. Profissões não são meras escolhas aleatórias determinadas pela cotação no mercado e sim caminhos de realização pessoal cuidadosamente mapeadas a partir das nossas crenças, nossas necessidades e conexões internas. A chave para a felicidade está em facilitar as conexões que ligam “dentro e fora” e em alinhar acreditar e realizar.
Pare e pense: o que você busca? Porque isso é importante na sua vida? De que modo isso te ajudará a ser mais feliz? Este pequeno exercício poderá te ajudar a apurar a escuta dos seus sentimentos. Só assim você encontrará a tão acalentada realização.
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